Álbuns e Reviews


Fresno: Revanche (Arsenal)
Parece que Revanche fez o Fresno sair da mesmice por sua própria vontade. Nem parece aquele quarteto de rapazes emos com caras de bebê, mas agora me soa mais rock, mais amadurecido, mais homem. E constantemente, parece que não estamos falando na constante "faixa-título", que mescla guitarras afiadas e teclados apocalípticos ao velho estilo Muse. Porém, o grupo tem mais um novo hit. "Deixa o Tempo" é o pop-rock na medida, que fala sobre a importância do tempo passar para cicatrizar grandes decepcões. Também temos "Esteja Aqui", que volta ao velho estilo do grupo, com os destaques das guitarras. Também há um fator muito importante: eles creem nas músicas e nas mensagens que transmitem às seus seguidores. É claro, para quem possui uma imagem predefinida sobre a banda, tudo soa como tradicional choramingo "emo", seja lá o que isso signifique. Mas há menos lamentos, como se não houvesse mais do que se queixar (ou como se estivessem mais hábeis para lidar com questões de maturidade). E há espaço para mais dessas sensações. "Relato de Um Homem de Bom Coração" é a cara de banda vivida, que fala de suas preocupações, que são mais sérias no dia de hoje, junta guitarras batidas e as aplicadas no piano que Lucas Silveira faz ao estilo Freddie Mercury do Queen. Mas é perceptível o quanto o Fresno melhorou nos aspectos de composição e musical. A-


NX Zero: Projeto Paralelo (Universal)
Bem, parece que a mediocridade de seu último álbum parece novamente nesse projeto paralelo com outros artistas e em dose dúpla. Eles preferiram gravar um álbum de remixes do que um álbum de rock & roll. Você imagine o Pink Floyd fazer um álbum de rap. Isso daria certo? Mas é claro que o próprio Di Ferrero declarou que "apenas fazia música para os fãs". Se  bem que nem para os próprios fãs a banda se dedica agora. Como sempre aqui, há aquela sequela de superioridade de se acharem os melhores, mas então eu apenas lhe darei um alerta: o Fresno já deixou vocês para trás, e vocês estão na mesmice. Mas porque eu falo do Fresno se o assunto principal é o fiasco que o NX Zero criou o ridículo e péssimo Projeto Paralelo? D


Michael Jackson: Michael (Sony Music)
Uma coleção de músicas inéditas do rei do pop remasterizadas como um álbum póstumo de estúdio talvez pode ter sido pensado pelo lado bom, de continuar divulgando o seu nome no mundo todo que o ama pelo artista que foi. Mas eles não pensaram no que seria o lado ruim. Bem, o lado ruim é praticamente todo o álbum; O estilo rap que cerca esse registro é totalmente impróprio à marca de seu artista falecido. Infelizmente, a família Jackson (como sempre) sujou o nome de Michael Jackson. D


Kanye West: My Beautiful Dark Twisted Fantasy (Def Jam)
Kanye West mantém todas as histórias de seu "personagem" em seu mais recente álbum de estúdio, que acabou por ser bem feito em sua execução e chama a responsabilidade para os diversos assuntos do contidiano. Bem, como My Beautiful Dark Twisted Fantasy surgiu em meio a muitas canções que West gravou no início desse ano. Temos muitos destaques aqui. "Dark Fantasy" começa com gingados e o sexo virado como assunto principal. No ritmo mais acelerado, "Gorgeous" possui uma tendência muito despojada, os delírios e as melâncolias de "Power" e "All of the Lights", ambas com a participação de Rihanna, ganha mais valor para o álbum. Ouvindo My Beautiful Dark Twisted Fantasy, eu tenho certeza de que vocês irão ter a idéia do bom acontecimento que aqui ocorre. A