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quinta-feira, 10 de março de 2011

Elvis Presley: 'Elvis Is Back! (Edition Legacy)'




















Gravado quando Elvis Presley tinha 25 anos e acabado de sair do exercito, Elvis Is Back! pode ser o seu trabalho com maior capricho em termos de relançamentos e remasterização: uma série de faixas variadas com um som impecável. Esta reedição inclui singles de outros períodos (confira o hit operístico de 1961, "Surrender") e todo o segundo álbum, Something for Everybody. Sim, era o reinício de Elvis. No entanto, mesmo lá, o melodrama é deslumbrante. E quando ele balança o hard-blues de "It Feels So Right", cara, parece que ele poderia converter um convento.

Leonardo Pereira


10 de 10

quarta-feira, 9 de março de 2011

Avril Lavigne: 'Goodbye Lullaby'


Avril Lavigne é uma profunda romântica. Ela também já ganhou o apelido de "princesinha do rock" pelas suas músicas mais pesadas dos seus álbuns anteriores, onde faixas como "Hot", "I Can Do Better" e "Girlfriend" deixaram ela ainda mais famosa. Não é atoa que, com as suas últimas declarações de que "a sonoridade de seu novo álbum iria trocar as guitarras pelos violões e os agitos por algo mais sereno e mais íntimo", no início eu não duvidava que isso realmente fosse acontecer, porque Avril estava passando por alguns momentos recentes, como seu divórcio com Deryck Whibley, do Sum 41. 

Mas o impacto em que o seu antecessor, The Best Damn Thing, (provavelmente o seu melhor) teve não será mais igualado, porque ali, todas as canções fizeram sucesso, e não tinha um limite. Já aqui, dá para ver muito bem até onde vai esses limites. Do mais recente sucesso de Avril Lavigne, o single "What the Hell" é como "Girlfriend": um estilo mais agitado, com misturas eletrônicas e guitarras afiadas, o que eu provavelmente não gostei logo de cara, pois ela ultrapassa a todos os limites.

Mas se você levar em conta o resto do material, você verá uma grande produção musical, incluíndo violões ao velho estilo Joni Mitchell. Músicas lindas como "I Love You" são totalmente chocantes, daquelas de fazer chorar (o que isso para mim, ninguém conseguiu me proporcionar). O conteúdo total do álbum era como em The Best Damn Thing: faixas agitadas, faixas melódicas, experimentalismo e muitos vocais de Avril. 

Eu realmente não posso dizer se Goodbye Lullaby, além de ser o seu álbum mais amadurecido de uma digna princesa, tenha superado The Best Damn Thing, mas uma coisa você terá que reconhecer: se você reparar para a capa de Goodbye Lullaby, você verá que vemos uma Avril mais séria, mais mulher, e sem aqueles detalhes rosas no cabelo dela, como uma princesinha-adolescente, onde o rosa se tornava a sua marca registrada. Mas vemos bem, apesar de tudo o que aconteceu, que ela amadureceu, vendo que ela não é mais aquela garota jovem, solteira, ou que ainda possuia um namorado. Ela já casou e se divorciou, e sabe o quanto é duro quando um amor não dá certo. Parece que ela agora é uma mulher séria, trabalhadeira e que apesar de não ser muito boa nos afazeres de sua casa, ela tem a música como sobrevivência. Eu não diria que seja por questão sobrevivência, para mim, é mais uma questão de dom e talento. 

Das músicas mais tocantes do disco, temos a cativante "Darlin" que com os vocais bem afinados e afiados de Avril, com seu violão confrontando de forma séria e transgressiva, faz com que provavelmente vire um dos sucessos do álbum. "4 Real", provavelmente, relata os diferentes rumos de seus álbuns anteriores, incluíndo este também. "Remember When" e "Goodbye" são faixas mais introspectivas. Com o piano sendo lentamente tocado, acompanhado por seus vocais, a emoção musical é bem reconhecida nessas duas faixas. 

De toda a sua experiência em turnês mundiais e com álbuns de estúdio, ela vai aprendendo os verdadeiros propósitos da música e da sua vida, e isso faz com que ela fique cada vez mais pronta para lançar algo bonito como foi em seus três últimos álbuns, e incluíndo Goodbye Lullaby. E para você que é fã, vocês devem saber que eu sou uma das pessoas que estão torcendo para que ela siga de forma inteligente a sua carreira, pois muita coisa boa ainda irá acontecer. Provavelmente, com todas as suas emoções, sentimentalismo e romance, ela é a melhor artista em seu campo.

Leonardo Pereira

10 de 10

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Radiohead: 'The King of Limbs'





















Quando o Radiohead lançou a grande obra Kid A em 2000, tinha a música "How to Disappear Completely". No oitavo álbum, o Radiohead volta novamente com as mesmas bases de Kid A, um pouco de soberba de Amnesiac, bastante bala na agulha de Hail to the Thief e bastante energia de In Rainbows. Denominado The King of Limbs, este possui o álbum mais pequeno em duração que a banda de Oxford já gravou na carreira. E também, aqui, temos uma demonstração do single louco de "Lotus Flower".

É uma canção louca que revive os instrumentos de forma transloucada, exagerada e desorganizada. É onde revive também os velhos tempos de The Bends e OK Computer, ambos em 1995 e 1996. O estilo de The King of Limbs era como se você ouvisse OK Computer e Kid A em um álbum só, porém, de forma com que se pareça com algo magnífico. Também não se sabe o porque desse estilo muito melancólico.

Em "Codex", temos as baterias e as guitarras acústicas (ou violão, para você) e os vocais tímidos e temerosos de Thom Yorke. Para nós, The King of Limbs tem aquele fator de emocionalismo e sentimento, em vez de energia e soberba, que em In Rainbows, mostraram muito bem esses dois fatores musicais. Quando músicas tão quanto emocionais, isso não passa de puro mistério. Tentar desvendar os mistérios desta banda é um dos verdadeiros prazeres do rock.

Leonardo Pereira

9 de 10

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Kanye West: 'My Beautiful Dark Twisted Fantasy'


Kanye West mantém todas as histórias de seu "personagem" em seu mais recente álbum de estúdio, que acabou por ser bem feito em sua execução e chama a responsabilidade para os diversos assuntos do contidiano. Bem, como My Beautiful Dark Twisted Fantasy surgiu em meio a muitas canções que West gravou no início desse ano. Temos muitos destaques aqui. "Dark Fantasy" começa com gingados e o sexo virado como assunto principal. No ritmo mais acelerado, "Gorgeous" possui uma tendência muito despojada, os delírios e as melâncolias de "Power" e "All of the Lights", ambas com a participação de Rihanna, ganha mais valor para o álbum. Ouvindo My Beautiful Dark Twisted Fantasy, eu tenho certeza de que vocês irão ter a idéia do bom acontecimento que aqui ocorre.

Leonardo Pereira

10 de 10

Kings of Leon: 'Come Around Sundown'

 

Depois do sucesso de Only by the Night, de 2008, que teve "Sex on Fire" classificada como um dos grandes hits daquele ano, as expectativas em cima do novo trabalho do Kings of Leon eram as mais altas possíveis. E é por esse motivo que, numa primeira audição, Come Around Sundown pode decepcionar boa parte das pessoas. Ao mesmo tempo, quem sentia falta do "velho" Kings of Leon e não gostou muito quando o grupo "explodiu", poderá voltar a sorrir, não de forma tímida, mas com todo a satisfação. "The End", de cara, é que mais se destaca, "Radioactive" também está nas que mais demonstram em sua boa música, e o conteúdo do álbum é de um indie-rock puro, de alegria - e de melancolia também.

Leonardo Pereira

8 de 10