segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Especial Thin Lizzy


O que um dia foi considerado um marco da história do rock & roll e do hard-rock, hoje sofre a sua segunda perda, e talvez, o segundo banho de água fria. O Thin Lizzy, que havia perdido o seu líder, o baixista, vocalista e compositor Phil Lynott para as drogas em 1986, perde mais uma alma do grupo, o guitarrista Gary Moore. Por esse motivo, estou hoje fazendo a primeira grande matéria do Especial do Heavy Heads.

Com tantas controvérsias, histórias e grandes hinos que ficaram marcados em meados na década de 1970, o sonho começou quando, na Irlanda, um grupo de jovens conseguiram assinar com a gravadora que já havia lançado alguns discos dos Rolling Stones e The Who. A Decca contratou o Thin Lizzy, e foi aí que tudo começou, inclusive a desconfiança por parte dos executivos da gravadora. Em 30 de abril de 1971, seu primeiro álbum havia saído. Intitulado com o nome da banda, o grupo não conseguiu chamar muita atenção, pois ainda eles estavam naquela onda folk, tal como Bob Dylan, Bruce Springsteen e Joni Mitchell. Shades of a Blue Orphanage saiu um ano depois, mas não com muita atenção.

O sucesso entre o público europeu veio com Vagabounds of the Western World, com o seu maior sucesso, a reolucionária "Whiskey in the Jar". Essa canção se tornou a ponte para artistas que mais tarde viriam como o Metallica, os Guns N' Roses, o Anthrax, e muitos outros. Tendo o sucesso alcançado apenas na Europa, o Thin Lizzy foi ganhando destaque, onde principais bandas como Aerosmith e Deep Purple se diziam admiradores do estilo hard-rock do grupo. As tentativas do Thin Lizzy em ser uma das mais conhecidas no mundo inteiro foram se esgotando, porém, mais admiradores eles ganhavam e mais respeito pelas outras bandas eles colecionavam. Com os discos Nightlife (1974) e Fighting (1975), a banda conseguia ser capas de algumas revistas, jornais e principalmente por alguns singles que já estavam embarcando nos Estados Unidos, cujo a ambição dest grande grupo era conquistar a América.

Se esse era o plano, eles conseguiram. Em março de 1976, o Thin Lizzy conquistava o mundo com o disco Jailbreak e o maior sucesso do grupo até hoje, o hit "The Boys Are Back in Town". Essa canção se mostrou na época em que os jovens estavam se tornando grandes rebeldes, onde Abba e Bee Gees eram odiados e Black Sabbath e Led Zeppelin - incluíndo Thin Lizzy - sendo admirados. A banda então conquistou o mundo, e foi aí também que começou a "destruíção total" do que eles arresém haviam construído com muito esforço. Bem, se você é fã, então você sabe que o líder Phil Lynott começou a se afundar nas drogas.

Mesmo com as constantes turnês e o uso excessivo das drogas, Lynott e sua banda seguiram em frente. Discos como Johnny the Fox (1976), Bad Reputation (1977) e a sua obra-prima, o álbum vivo Live and Dangerous (1978) os eternizaram consolidadamente. Quanto ao vício pessoal nas drogas de Lynott, bem, ele estava perdendo a batalha. Black Rose: a Rock Legend (1979) foi a última grande proeza que eles conseguiram lançar, pois o resto acabou culminando em uma profunda falta de inspiração.

Depois do lançamento de Thunder and Ligtning em março de 1983, os membros anunciaram o fim do Thin Lizzy, fazendo com que rolasse por boa parte dos fãs uma grande revolta.

O problema foi a batalha. E a ela foi perdida. Em 4 de janeiro de 1986, quando se acreditava em uma volta do Thin Lizzy, as esperanças haviam se perdido no tempo e na esperança. Phil Lynott foi encontrado morto em sua casa. Segundo os médicos, a causa da morte foi um ataque cardíaco fulminante, decorrente de seu vício em drogas. Foi ali que o verdadeiro Thin Lizzy havia acabado.

E depois de tudo isso, pensar que ainda perdemos Gary Moore. É, realmente ele já está na memória de todos nós, fãs de boa música.

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