quarta-feira, 6 de abril de 2011

Top 10 Maiores Canções dos Anos 60





















Talvez o auge do melhor momento do rock esteja nos anos 60, e então, aqui está o top 10 maiores canções da década de 60, onde o rock foi manifestando o reconhecimento sublime. Temos Bob Dylan, que lidera esta lista com "Like a Rolling Stone", a canção mais popular de todos os tempos, os Beatles e os Stones  cada um confrontando com duas canções. Enfim, estão todos aqui. Confira.


1. Bob Dylan - "Like a Rolling Stone"

Em 2004, a Rolling Stone nomeou "Like a Rolling Stone", de Bob Dylan, a maior canção de todos os tempos. Sete anos mais tarde, nós concordamos que é pelo menos a maior música dos anos 60. A canção - que conta com Al Kooper no órgão e Mike Bloomfield na guitarra - foi um hit no verão de 1965. Mas quando Dylan tocou naquele ano no Newport Folk Festival, ele foi vaiado, embora as discussões avançam até o dia de hoje sobre o que exatamente perturbou a multidão. Quando assumiu a banda em turnê na Europa e Austrália, ninguém sabe o ano em que Dylan começou a usar os "instrumentos elétricos". A raiva no meio da multidão apenas rejeitou Dylan, e levando a alguns dos espetáculos mais intensos de sua carreira. Dylan já cantou a canção mais de 1.800 vezes (perdendo apenas para "All Long the Watchtower"), mas ele ainda canta toda vez que ele sobre ao palco.


2. The Beatles - "A Day in the Life"

"A Day in the Life" é uma das últimas músicas que John Lennon e Paul McCartney escreveram de verdade como uma equipe. É visto por muitos críticos e fãs como seu melhor trabalho. "Foi um pico", disse Lennon em 1970, falando sobre o período de Sgt. Pepper. "Paul e eu estávamos trabalhando juntos definitivamente, especialmente em 'A Day in the Life'... A forma como nós escrevemos um monte de letras: você escreveria o bom recado, a parte que foi fácil, como 'I read the news today' ou seja lá o que era. Ele era um pouco tímido com isso porque eu acho que ele pensou que já era uma boa canção." Nos últimos anos, Paul McCartney começou a cantar a música em seus shows, e a letra original da canção foi vendida por US$ 1, 2 milhão.


3. The Rolling Stones - "Satisfaction"

"Satisfaction" transformou os Rolling Stones em super-estrelas depois que ele foi lançado no verão de 1965, mas Keith Richards não gostou inicialmente da música - mesmo que tenha sido ele o criador do famoso riff. "Ele não queria que saísse como um single", disse Mick Jagger em 1995. "É uma canção de assinatura, na verdade, em vez de um clássico, uma grande pintura, e é porque é uma assinatura que todos conhecem. É muito cativante. O título se adequa muito ao riff. O som cativante da guitarra era e continua sendo bem original. E ele captura o espírito dos tempos, que é muito importante nesse tipo de canção".


4. The Rolling Stones - "Gimme Shelter"

Os Rolling Stones conseguiram se safar perfeitamente no final turbulento dos anos 60, com "Gimme Shelter". "Era uma época de muita violência", disse Jagger em 1995. "A Guerra do Vietnã. Violência nas ruas e chamas e chamas invadindo ônibus. ["Gimme Shelter"] é uma espécie de fim-dos-tempos da música; realmente. E o disco todo é assim". A melhor parte da canção poderia ser de Eric Clapton assombrando os vocais felizes do vocalista. Poucos anos depois, ele cantou o back-up em "Sweet Home Alabama".


5. The Who - "My Generation"

Tudo em "My Generation", do Who funciona perfeitamente - dos vocais rosnantes de Roger Daltrey, ao toque rápido do baixo estrondoso de John Entwistle e os solos baterísticos e de grande imprudência que geralmente terminavam com o kit todo destruído. Acima de tudo, no entanto, é as letras de Pete Townshend que impulsionaram a música. Alguém já manifestou um sentimento do rock & roll mais eloquente do que "I hope I die before I get old"? A música tem sido uma presença contínua em seu set ao vivo desde que Townshend escreveu ela em 1966, e de  alguma forma Roger Daltrey conseguiu não suar totalmente ridículo quando recentementem ele canta a famosa música, aos 67 anos.


6. The Doors - "Light My Fire"

Este single de 1967 - escrita pelo guitarrista Robby Krieger - lançou a carreira dos Doors para sempre. Originalmente tendo cinco minutos de duração, foi reduzido para três no rádio, tirando os solos de órgão e guitarra. O sucesso da música foi obtido quando os Doors foram convidados para fazer uma atuação no Ed Sullivan Show, sob a condição de que Morrison não cantasse a linha "girl, we couldn't get much higher" ("garota, não podiamos estar mais chapados"). Ele fez de qualquer jeito, e eles nunca mais foram convidados a voltar para o Ed Sullivan Show. Os Doors tiveram muitos outros sucessos durante sua breve carreira, mas "Light My Fire" mantém a sua composição mais famosa.


7. The Beatles - "Hey Jude"

Escrito por Paul McCartney para o filho de John Lennon, Julian quando lidou com a dor do divórcio de seus pais, "Hey Jude" passou nove semanas na primeira posição - tornando o mais bem sucedido single de toda a carreira dos Beatles. Foi também a canção mais longa deles, mais de sete minutos. John teve um entendimento diferente sobre o significado da canção: "Eu sempre ouvi ela como se fosse para mim", disse ele. "Se você pensar sobre isso... Yoko só entrou no quarto. Ele cantando. 'Hey Jude - Hey John'. Eu sei que estou parecendo um daqueles fãs que lê as coisas sobre ele, mas você pode ouvi-lo como uma canção para mim... Inconscientemente, ele estava dizendo: 'Vá em frente, deixe-me'. Em um nível de consciência, ele não queria que eu continuasse em frente". McCartney diz que é besteira, e que a música começou como "Hey Jules", que depois mudou para "Hey Jude", simplesmente porque era mais fácil de cantar.


8. Led Zeppelin - "Whole Lotta Love"

Originalmente concebido como um tributo a lenda do blues de Willie Dixon e seu clássico de 1962, "You Need Love", "Whole Lotta Love" tornou-se o primeiro (e último) hit top 10 do Led Zeppelin nos Estados Unidos. Desde então ele foi tocado cerca de um trilhão de vezes nas rádios clássicas de rock, e há sempre, pelo menos, um cara junto tocando solos desconcertantes com Robert Plant gritando em vão no topo de seus pulmões após cada canção. A sua enorme popularidade levou Willie Dixon processando a banda por causa da canção, em meados os anos 80. Ele agora recebe crédito como co-escritor da canção. "O riff de Page é o riff de Page", disse Robert Plant.


9. The Jimi Hendrix Experience - "All Long the Watchtower"

A versão de Jimi Hendrix para "All Long the Watchtower" de Bob Dylan, mudou para sempre a forma de como tocar guitarra e ouvir a música - até mesmo o próprio Dylan. "Ele tinha esse talento, ele pode encontrar as coisas dentro de uma música vigorosa e desenvolvê-la", Dylan disse em uma entrevista em 1995. "Ele achou o que as outras pessoas não pensariam em encontrar na canção. Ele provavelmente melhorou a música. Eu deixei ele regravar a canção, na qual ela me deixou de certa forma surpreendido."


10. The Beach Boys - "God Only Knows"

Chegando ao número 10 é "God Only Knows", dos Beach Boys. Gravado durante as sessões de Pet Sounds em 1966, a bela canção de amor foi realmente considerada controversa quando ela foi lançada, porque a palavra "god" ("deus") era o título. Brian Wilson originalmente planejou para cantar na música, mas ele deu a seu irmão Carl. Muitos fãs consideram a canção a marca d'água de toda a carreira dos Beach Boys - incluíndo Paul McCartney.

Leonardo Pereira

terça-feira, 5 de abril de 2011

Queen: 'Queen (2011 Remaster Deluxe 2CD Edition)'





















Lançado em 1973, o primeiro álbum de estúdio do Queen já foi considerado um marco do heavy-metal, e considerado o disco favorito do ex-Nirvana, Dave Grohl, onde o vocalista Freddie Mercury ainda estava à busca de seus vocais perfeitos, o guitarrista Brian May em busca de sua forma de tocar perfeita, o baterista Roger Taylor de tocar seu instrumento como queria e o baixista John Deacon, com suas manias quietas e razoáveis de tocar em seu baixo. O disco não é uma obra-prima considerada, mas "Keep Yourself Alive" traz o bom e velho hard-rock, assim como "Liar" é o primeiro heavy-metal, e "Doing All Right" é uma melodia fresca. O único destaque no CD dois é para "Mad the Swine", uma faixa inédita da época em que não conseguiu entrar para o álbum.

9 de 10


Leonardo Pereira

LCD Soundsystem faz um épico show de despedida





















"Esta é uma experiência muito estranha para nós", disse James Murphy para a sua multidão. "Nós esperamos que será uma experiência muito estranha para todos". O LCD Soundsystem terminou sua longa turnê de despedida com o seu último show que durou 3 horas e 41 minutos, virando o Madison Square Garden em um suado disco punk-rave. Como o público estava bêbado ao ouvir os hits do LCD? Eles estavam bêbados o suficiente para cantar "Drunk Girls", enquanto a banda tocava "Daft Punk Is Playing at My House"? Bêbados o suficiente para cantar harmonias durante o show? Todas as opções acima.

O show épico era uma celebração de suas despedidas aos palcos, ou para James Mutphy, uma forma de desenterrar o LCD Soundsystem. (Ele tinha seis anos até a primeira vez que eu os vi no New York's Bowery Ballroom). Foi um grande espetáculo dentro daquela arena como nenhum outro, com uma seção intermediária longa dedicada à obra de Murphy 45:33, com batidas de metais, um coro, a estrela gira de Reggie Watts e Shit Robot e um sintetizador psicodélico que parecia que ele estava lá para oficiar um casamento de Brian Eno/Ace Frehley. Não havia a menor preocupação com a perda de audiência, porque durante o show, ninguém ficou inquieto e nem se sentaram. (Toda vez que eu tentava me sentar, as meninas atrás de mim, me davam um soco e me dizia para continuar dançando). Foi uma homenagem a confiança de Murphy que ele tentou algo parecido com isto em um quarto do tamanho do Madison Square Garden. Mas foi também uma homenagem à paixão do público que eles criaram.

O rompimento do LCD permanece misterioso, já que James Murphy revelou para os seus fãs que "James Murphy e música não se amam mais". Ainda não tem uma explicação coerente do porque isto está acontecendo, ou que "dividir" significa para a banda de um homem só um seria "acabar". Murphy está se aposentando do show biz, ou cavando esse grupo especial de músicos, ou apenas mudando nomes de marca? O facto do último álbum do LCD, This Is Happening, era cheio de vida com canções falando de pequenos rompimentos, você poderia até suspeitar de que a turnê de despedida fosse uma cortina de fumaça para manter a mídia distraído, então os membros da banda teriam algo a falar sobre entrevistas além de suas vidas do amor infeliz. (Se for assim, ele trabalha).

A peça-chave sobre o LCD Soundsystem é que as pessoas sempre quizeram que James Murphy continuasse. Durante anos, era óbvio que uma banda como esta deveria existir, e as pessoas estavam esperando impacientemente para que eles apareçam. Nós todos agarrados naqueles hits que formaram momentos inesquecíveis, bandas que deram certo para uma ou duas músicas, perfeitamente como PigBag ou Delta 5 ou Buffalo Daughter. Mas era de LCD Soundsystem que todos estavam com fome, e quando finalmente chegou no início de 2000, depois de usar a cabeça, houve uma sensação de finalmente. Como o Pavement - com quem tem basicamente nada em comum - LCD chegaram ao local como um esforço de síntese, aparentemente como as outras inúmeras bandas. Seu álbum de estréia, em 2005 já era uma coleção de grandes sucessos, e ainda assim suas melhores canções ainda estavam à frente deles.

O LCD Soundsystem conseguiu fazer o seu último show com uma experiência edificante, cruzando com clássicos como "All My Friends" e "Yeah" e "Us V Them" - definitivamente uma das melhores que o LCD já fizeram. "Someone Great" foi um infortúnio, neste contexto. Mas reviveu a sua capa de Harry Nilson, "Jump Into the Fire", e destacou o Arcade Fire como convidados surpresa para os vocais canadenses em "North American Scum" (eles não podiam chamar o Rush?) e deixou cair um solo de teclado do Daft Punk em "Losing My Edge". O show de despedida de duração de quase quatro horas - mas ninguém queria o fim. Como diz a canção, ele continua vindo, e continua vindo, e continua vindo, até que um dia acaba.

Set List
Dance Yrself Clean
Drunk Girls
I Can Change
Time to Get Away
Get Innocuous!
Daft Punk Is Playing At My House
Too Much Love
All My Friends
Tired
45:33 Part 1
You Can't Hide
Sound of Silver
45:33 Parts 4-6
Frek Out
Starry Eyes
Us V. Them
North American Scum
Bye Bye Bayou
You Wanted a Hit
Tribulations
Movement
Yeah

Fist encore
Someone Great
Losing My Edge
Home

Second encore
All I Want
Jump Into the Fire
New York I Love You

Leonardo Pereira

sábado, 2 de abril de 2011

Derek and the Dominos: 'Layla and Other Assorted Love Songs: 40th Anniversary Deluxe Edition'





















Lançado em seis semanas em 1970, Layla and Other Assorted Love Songs é um dos maiores discos de rock da história. O álbum duplo original foi o único material da aliança de Eric Clapton com o tecladista Bobby Whitlock, o baixista Carl Radle e o baterista Jim Gordon - todos estavam na banda Delaney and Bonnie Friends. Duane Allman também participiou desta jóia, especialmente na faixa-título, "Layla", uma das obras mais magníficas da guitarra. Layla foi gravado com muito espírito de R&B e algumas faixas-covers de Freddie King e Jimmy Cox. Faixas como "I Looked Away", "Keep on Growing" são ensurdecedoras de puro rock, juntamente com os solos desconcertantes de Clapton e Allman. Isso é um típico exemplo de como precisamos remasterizar uma grande obra porque a fase musical atual não consegue dar conta no recado.

Leonardo Pereira


10 de 10

Britney Spears: 'Femme Fatale'





















Britney Spears é a estrela pop do mundo atual. Durante anos e anos, os críticos têm julgado como uma completa exagerada. Mas a partir de quando entrou pela porta da frente do sucesso com "Baby One More Time", com os acordes de teclado - o estilo dos últimos álbuns de Britney ficou diferenciado, tanto no estilo pop quanto no eletrônico. Bem, tudo em Femme Fatale parece com os hits "Piece of Me" e "Womanizer", ambos dos álbuns Blackout e Circus.

Femme Fatale pode ser o melhor álbum de Britney, e certamente, é estranho a ela. Conceitualmente é tudo muito simples: um disco lançado com festa, sexo e tristeza. Eu nunca fui com a cara de Britney, mas eu estou achando muito tola a forma como ela só escreve e produz música com essas perdas de tempo. Enquanto tem pessoas morrendo, guerras civis acontecendo no mundo inteiro, ela me vem falar de sexo e alegria. Se ela falasse sobre coisas mais elaboradas e interessantes, aí eu irei retirar o que eu falei. Pelo visto, eu mantenho a minha palavra.

Leonardo Pereira



5 de 10

segunda-feira, 28 de março de 2011

Relato de Uma Fã do 30 Seocnds To Mars


"Eu sempre queria ir ao show do 30 Seconds To Mars. Eles já vieram na minha cidade, mas não pude ir. Minha mãe permitiu que eu fosse no show que fariam no dia do meu aniversário, em Atlanta, há 6 ou 7 horas de viagem de onde moro. Fiquei muito feliz e ouvi as músicas deles todos os dias, sonhando com o show.

No dia do show, minha mãe soube que o pai dela (meu avô) faleceu. Mesmo assim, ela me levou ao concerto, porque sabia que era muito importante pra mim. Ao chegarmos, nós ficamos na primeira fila, bem ao centro do palco. Haviam cerca de 2,800 pessoas quando o show começou, todos os ingressos foram vendidos. Não dava pra acreditar que, no dia de meu aniversário, eu estava tão perto de Jared Leto e o veria bem na minha frente, pensei que era o melhor dia da minha vida.

Eu não conhecia a banda de abertura e ninguém estava me empurrando, todos estavam calmos. Mas bastou Jared subir ao palco que todos começaram a se empurrar, e me fizeram bater várias vezes na grade de segurança. Minha mãe, preocupada, perguntou se eu estava bem e me ajudou, juntamente de outro rapaz ao lado. Em nossa frente, Jared fazia todos cantarem as músicas, mas minha mãe não sabia as músicas, nem sabia falar inglês, deixando-o muito bravo.

Ele olhava pra minha mãe com tanta raiva que fiquei bem confusa. Ele mostrou o dedo do meio para ela e a mandou se f*der. Fiquei muito chateada e não acreditei, mas deixei passar. Depois disso, ele disse para todos chegarem mais perto e pularem, mas eu não sou alta e todos estavam batendo em mim. Nem dava pra prestar atenção no show.
Uma fã disponibilizou na web um desabafo a respeito de Jared Leto, líder do 30 Seconds To Mars Veja:
O Jared veio para nós de novo, parou o show, falou que iria nos tirar de lá e nos chamou de 'filhas da p*ta', pegou garrafas de água e jogou no rosto de minha mãe, também me atingindo e atingindo a câmera. Não acreditava. Como era meu aniversário e tudo aquilo estava acontecendo, comecei a chorar. Minha mãe tentava me acalmar, mas eu não conseguia, e todos me empurravam muito. Daí, o Jared começou a cantar na minha frente e me viu chorando. Com o fim da música, ele xingou minha mãe de novo e disse que iria me colocar para assistir o show em cima do palco, falando em seguida 'você vai ficar feliz, ou vou te bater'. Os seguranças me colocaram em cima do palco, mas eu já não conseguia assistir o show. Me fez perder o respeito.

E ainda depois que subi no palco, eu o vi falando grosso com a minha mãe e a chamou de 'cadela'. Ele fez isso o show inteiro. Fiquei muito triste com tudo... Eu gostaria muito que ele soubesse que não se pode maltratar seus fãs desse jeito. Tem que ter respeito por todas as pessoas. A gente que bota ele lá em cima pra cantar pra nós e que no mínimo ele tem que respeitar as pessoas."

sexta-feira, 18 de março de 2011

The Strokes: 'Angles'





















Eles voltaram da melhor forma, tocando boa música, e de preferência, que seje a dos velhos tempos. Não acho que os Strokes tenham se empenhado de forma tão unida para gravar o quarto álbum de estúdio em cinco anos, desde o seu antecessor, First Impressions of Earth, lançado em 2006. Mas segundo o que o guitarrista Nick Valensi afirmou, a banda ainda estava com climas hostis dentro do estúdio, e tudo isso começou nas gravações de seu antecessor. Angles levou quase dois anos para ser escrito e gravado, incluíndo uma grande parte de sessões das faixas que simplesmente ficaram de fora de First Impressions of Earth, que saiu a cinco anos.

Mas isso era o que eu esperava: 10 canções construídas de forma grandiosa, principalmente nas peças básicas de combinação do rock, tocado com uma atenção musicalmente correta, exigente e romanticamente detalhada. Nas bases de composição, Angles é o melhor álbum que o vocalista Julian Casablancas, os guitarristas Valensi e Albert Hummond Jr., o baixista Nikolai Fraiture e o baterista Fabrizio Moretti conseguem fazer desde Is This It, lançado em 2001.

Angles também o primeiro grande passo dos Strokes para a sua carreira e para o renascimento do rock & roll. Eles haviam ativado o esforço por toda a First Impressions of Earth com batidas um pouco longe do estilo que fez do grupo um enorme sucesso na entrada do século 21. Os estilos daquele álbum eram tão Yardbirds quanto Velvet Underground, contendo guitarras e baterias afiadas. "Machu Picchu" é uma faixa de extrema ameaça e dissimulação - baterias fortemente tocadas com o som bem potente combinando com os riffs de guitarras. Você ouve "Under Cover of Darkness" e fica totalmente alienado às guitarras loucas e sem ordem, porém, absolutas em sua execução e "Two Kinds of Happiness" é um pop-groove de alta velocidade.

Os Strokes chegaram no início deste século perfeitamente formado, tão rigidamente como um blues de uma grande propulsão do primeiro DNA do Velvet Underground. Casablancas disse uma vez que o seu álbum favorito era Loaded (1970), do Velvet Underground, seu mais expansivo disco, com a sua composição incisiva, apesar de ser uma exuberante balada pop. Angles é os Strokes nesse tipo de transição. Nesse caso, não seria uma questão de transição, mas sim de um grandiosa ambição. Eles abusam da música eletrônica em "Games", que foi um dos motivos do álbum solo de Casablancas ser considerado uma aberração.

Recentemente, o rock & roll passou a ser um pouco esquecido, por causa dos inúmeros estilos que foram criados nos anos 80 e 90, e que no auge dos anos 2000 teve o seu momento aura. Mas vemos que o rock não está perdido. Julian Casablancas é hoje o melhor vocalista do rock e os Strokes ainda estão em busca de serem os melhores. Tal feito ainda foi realizado, mas levou tempo.

Leonardo Pereira


8 de 10