sexta-feira, 8 de abril de 2011

The Weeknd: 'House of Balloons'





















"Trust me girl/You'll wanna be high for this" ("Confie em mim garota/Você vai querer ir até o fim comigo?"), ronrona um lado sedutor perto do começo desta estréia de mix-tape misteriosa. É um conselho razoável. Lançado como um próprio álbum conceitual que desencadeou um incêndio florestal na internet - com pistas no Twitter de Drake e Weeknd serem o co-conspirador entre si - que traça uma jornada que entra na conversa corrente de R&B e indie-rock revolucionário: James Blake, Frank Oceano, jj, Salem e Beach House. Este último ainda parece ficar à amostra duas vezes: "Gila" e "Loft Mysuc", como faz "Master of None" em "The Party & the After Party". (Lado-B, você tem muito a responder.) O resto das faixas são igualmente assustadoras: o ritmo de dor em "What You Need" é construído em torno do som surpreendentemente triste do que pode ser um canudo de sucção até a última gota de um milk shake - ou algo mais potente.

O vocalista de Toronto, Abel Tesfaye, que parece ser todo o grupo, tem um teor elevado marcante: nos pontos em "House of Balloons/Glass Table Girls", ele soa como Michael Jackson gritando em um porteiro. Tudo isso pode ser preocupante na forma mais bruta, mesmo quando verifica o fundamento "Bring the drugs, baby/I can bring my pain" ("Traga as drogas, baby/Eu posso trazer a minha dor"), sobre assassinato em "Wicked Games". Os ganchos e falsetes sérios sugerem a possibilidade de visitas vocais que Weeknd faz para limpar um pouco as coisas, tanto liricamente quanto musicalmente. Mas vamos esperar que isso não aconteça tão cedo.

7 de 10


Leonardo Pereira

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